Escola de verão - Educar para a Sustentabilidade e para a Paz

Escola de verão – uma ação a repetir

A 1ª Escola de Verão (EV), que ocorreu em formato híbrido, entre os dias 3 e 7 de julho 2023, teve a participação de professores, investigadores, estudantes e membros de ONGD de Portugal, Angola, Brasil, Líbano e Moçambique. Foi organizada em torno de dois grandes eixos.  O primeiro foi desenvolvido à volta da divulgação do legado de Maria de Lurdes Pintassilgo e o seu trabalho sobre o “Querer Comum”. Culminou, na tarde do dia 5 de Julho, com a realização da Audição Pública (AP) sobre a temática “Sustentabilidade e Paz”.  A AP teve como propósito auscultar a comunidade educativa da ESEPF, assim como os participantes da Escola de Verão, sobre o papel da formação de professores e educadores sociais na promoção da Sustentabilidade e da Paz, no sentido de identificar mudanças positivas que tal implica na ação da ESEPF. Estas contribuições vão servir como contributo para o plano de sustentabilidade da ESEPF.

Dinamizada por Paula Barros (Presidente do Conselho de Administração e Membro do Conselho Executivo da Fundação “Cuidar o Futuro”) e inspirada no método das Audições Públicas e a formação do Querer Comum de Maria de Lourdes Pintasilgo, a AP deu voz a sete “testemunhas” representativas de vários grupos profissionais: estudantes (Portugal e Brasil); colaboradores (ESEPF); docentes (2 ESEPF e um Brasil) e ONGD (Portugal, Brasil e Moçambique). Nela participaram um total de 47 pessoas que, durante a semana, foram preparando as declarações que foram lidas e apreciadas durante a cerimónia da Audição. 

O segundo eixo da EV foi organizado à volta das temáticas da cooperação para o desenvolvimento, educação para a cidadania global e educação em emergências que são matérias que estão a ser cada vez mais integradas na ESEPF, com o objetivo de sensibilizar para as questões da aprendizagem global e da cooperação para o desenvolvimento no âmbito das duas estratégias portuguesas que enquadram estas áreas:  a ENED 2018/2022 e a Estratégia da Cooperação Portuguesa 2030.   Neste eixo, foram desenvolvidas várias atividades: desde a visualização, no inicío de cada tarde, dos Filmes 5 P (Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias) sobre a Agenda 2030,  projeto desenvolvido pela Organização de Estados Iberoamericanos (OEI) em parceria com a HelpImages,  passando pela conversa sobre “Música e Cidadania Global” com a cantora e investigadora da FPCE Joana Manarte e a realização de  3 workshops: (i) um sobre educação e desenvolvimento no contexto da Guiné-Bissau, em parceria com a ONGD “Na Rota dos Povos” e com a participação de David Freitas, professor e formador; (ii) um segundo que foi dinamizado por José Luís Monteiro da ONGD OIKOS dedicado ao tema “ODS – O que são? e (iii) ainda um terceiro workshop sobre a situação da educação para refugiados e deslocados no âmbito da crise síria no Médio Oriente. Este teve a participação de Fernanda Regis e Natalie Akstein (INEE), Damian Ross e Grazia Imperiale (Universidade de Glasgow), Hussam Massough (ESEPF), Roy Gebrael (JRS, Líbano) e o Pe Gonçalo Fonseca (ex-representante da JRS, em Damasco, na Síria).

Além disso, também foi organizada, no dia 7, uma mesa redonda dedicada ao tema do Voluntariado e Cidadania Global que envolveu organizações da sociedade civil que, em vários contextos, levam a cabo projetos de acolhimento de migrantes e refugiados,  tais como a SEIVA – Associação ao Serviço da Vida, com a presença de Bárbara Henriques,  e a Porto Solidário, representada por Isabel Ponte ou que trabalham no contexto da linha da frente na fronteira no contexto da crise na Ucrânia, como é o caso da ONGD Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais, representada porGabriel Godoy Cirilo,  Rafael Corbetta e Aajhmaná (Tissiane).  Um grupo de estudantes da ESEPF (Margarida Oliveira, Diogo Pinheiro, Isabel Machado e Beatriz Silva) partilharam as suas expetativas sobre voluntariado internacional, quer através de relato de experiência já realizada ou sobre o projeto no qual vão estar envolvidos, no mês de agosto, no contexto africano em Angola.


Testemunho de um dos participantes:

Gostei imenso da vossa escola e os debates/mesas redondas da escola de verão têm sido muito enriquecedores. Todos os assuntos que temos vindo a debater ao longo da semana dizem-me muito e vão ao encontro daquilo que eu penso e acredito ser o caminho que o mundo deva seguir.  Organizem mais encontros destes!”

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